Foi lançado no dia 6 de junho, em Fortaleza, no Auditório da Faculdade de Economia, Administração, Atuária, Contabilidade e Secretariado Executivo (FEAAC), da Universidade Federal do Ceará (UFC), a 11ª edição da revista Cadernos do Desenvolvimento, publicação do Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento (CICEF).
Dos oito artigos que integram a edição, quatro referem-se à seção Dossiê Nordeste e “refletem a evolução da produção dos programas de pós-graduação localizados nos estados do Ceará, Maranhão, Pernambuco e Rio Grande do Norte”, como informa o editor da revista, Ricardo Ismael, também diretor do CICEF. Entre os demais artigos há um intitulado Brasil e Índia, uma relação especial, de autoria de Suranjit Kumar Saha, que virá ao Brasil em setembro, a convite do CICEF.
Ignacy Sachs também enriquece a publicação com uma entrevista de fôlego sobre desenvolvimento, instituições e atores sociais. Na seção Dossiê Celso Furtado há dois textos: O Golpe de 1964 e o Nordeste, de Celso Furtado; e um artigo de autoria de Marcos Costa Lima sobre o mesmo artigo.
O evento de lançamento da revista foi marcado por uma mesa-redonda que reuniu, além de Ricardo Ismael e Rosa Freire d’Aguiar, presidente do Conselho Deliberativo do Centro Celso Furtado, os professores Jair do Amaral, Inez Silvia Batista Castro e Sandra Santos, esta última vice-diretora da FEAAC.
Jair do Amaral falou dos aspectos virtuosos do desenvolvimento do Nordeste nos últimos anos, como o crescimento acima da renda nacional, e seu caráter inclusivo, incorporando grandes massas de população que se beneficiaram do aumento do salário mínimo e dos programas sociais. Mas lembrou dois aspectos preocupantes: a persistente desigualdade entre os nove estados que formam a região, e mais que isso, o fato de que o governo federal se demitiu da tarefa de ter uma política regional ativa.
O editor Ricardo Ismael fala ao publico sobre a edição nº 11 de Cadernos do Desenvolvimento
Após discorrer sobre a nova edição de Cadernos do Desenvolvimento, Ricardo Ismael falou do marco institucional do país, destacando a importância das instituições que se ocupam do Nordeste, como o BNB e a Sudene. Se os estados nordestinos estão hoje muito mais preparados, por isso mesmo é fundamental repensar o papel das instituições regionais, e também o dos governos e das universidades, atores que deverão se envolver ativamente para melhorar ainda mais o quadro do Nordeste.
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