PAULANI, Leda 42° Encontro da Anpec, 11 de novembro de 2014.
Artigo
Apresentação do Professor Pedro Cezar Dutra Fonseca (UFRGS), proferida antes de sua aula magna,
ocorrida em 11 de novembro de 2014 em Natal (RN), na abertura do 42° Encontro da Anpec. Continuar lendo
Leda Paulani é professora titular da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da Universidade de São Paulo
(USP), São Paulo, SP, Brasil.
PAULANI, Leda O desenvolvimento econômico brasileiro e a Caixa: palestras / Ricardo Bielschowsky ... [et al.]. – Rio de Janeiro : Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento : Caixa Econômica Federal, 2011.
Seminário
Nosso primeiro ponto, aqui, é separar discurso neoliberal e pensamento neoliberal. Continuar lendo
O
discurso neoliberal é o da prática neoliberal, que ouvimos no dia a dia e que contém as
mesmas recomendações de política, a mesma cantilena: o Estado é ineficiente, o mercado é
sempre melhor e carrega em si toda a eficiência do mundo. Essa tese foi se fortalecendo nas
duas últimas décadas do século passado e se tornou ensurdecedora da metade dos anos
1990 até a crise de 2008.
Outra coisa é o pensamento neoliberal, a doutrina neoliberal. As ideias não caem do céu
e tampouco se sustentam sozinhas, principalmente as ideias sobre a sociedade, sua forma
de se organizar, a relação do individuo com a sociedade, da sociedade com o Estado e do
individuo com o Estado. Quando esse pensamento se torna dominante ele tem uma razão
material por trás de si, fazendo com que o discurso ganhe espaços maiores.
PELAEZ, Victor Revista de Economia Política, vol. 29, nº 3 (115), pp. 5-14, julho-setembro/ 2009.
Artigo
A trajetória acadêmica de Tamás Szmrecsányi esteve voltada principalmente à
história econômica – área de conhecimento da qual foi certamente um dos maiores
expoentes em nível nacional e com grande projeção em nível internacional, tanto
por seus trabalhos publicados quanto por sua participação na criação e fortalecimento
de instituições voltadas à difusão da história econômica. Continuar lendo
Graduado em Filosofia
pela Universidade de São Paulo, em 1961, com mestrado em Economia
pela New School for Social Research, em 1969, doutorado em Economia pela
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 1976, livre-docência pela Unicamp,
em 1985, e pós-doutorado pela University of Oxford, em 1990. O Prof.
Tamás lecionou na Universidade de São Paulo (Escola Superior de Agricultura Luiz
de Queiroz e Faculdade de Economia e Administração) e na Unicamp (Instituto de
Economia e Instituto de Geociências). Foi também Professor Visitante da Université
de Toulouse I (França) e da Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales
(Equador).
Uma breve história do desenvolvimentismo no Brasil
PEREIRA, José Maria Dias Cadernos do Desenvolvimento. Ano 6, nº 9. Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, 2011.
Artigo
O ciclo de reformas neoliberais praticadas pelos países latino-americanos nas últimas duas décadas embora tivesse trazido, para alguns deles, crescimento eco- nômico desviou-os do caminho do desenvolvimento, no sentido que é dado ao termo por Celso Furtado. Continuar lendo
A crescente incorporação da ideologia neoliberal nos textos de economia deixava para trás as políticas intervencionistas e, com elas, o legado do desenvolvi- mentismo. Não foram poucos os que afirmaram que Keynes estava definitivamente morto e enterrado. Porém, a forma como os países reagiram ante a recente crise financeira global provou que, ao contrário do que muitos supunham, Keynes está vivo e manda lembranças. Este artigo, tomando o Brasil como um “estudo de caso”, tem como proposta ajudar a retirar o pensamento econômico originado na Cepal do rela- tivo esquecimento em que se encontra, dando uma pequena contribuição para sua necessária renovação diante do mundo globalizado.
O objeto deste texto é o entendimento da chamada questão regional no pensamento de dois pensadores
do século XX: o italiano Antonio Gramsci e o brasileiro Celso Furtado. Continuar lendo
Os dois autores representam duas
vertentes de interpretação para uma mesma temática e foram referências importantes para o estudo e mesmo
enfrentamento, respectivamente, da Questão Meridional na Itália e da Questão Nordeste no Brasil.
Pierangelo Garegnani nasceu em Milão, Itália, em 1930 e estudou “„scienze politiche” (“ciências políticas”, i. Continuar lendo
e., política e economia) na Universidade de Pavia. Sua “tesi di Laurea” (monografia de fim de curso) sobre a teoria do valor de Ricardo, escrita sob o estímulo dado pela introdução de Sraffa à edição das obras completas de David Ricardo em 1951, lhe rendeu uma bolsa para realizar sua pósgraduação em Cambridge, em 1953, onde obteve seu PhD em Economia.
Quebrando o mito: existe uma nova classe média brasileira?
POCHMANN, Márcio Revista Rumos, nº 278, novembro/dezembro 2014.
Entrevista
O economista Márcio Pochmann, professor da Unicamp e presidente do Ipea por longo mandato, navega em um mar de números, dados e análises históricas para decretar, na contracorrente do pensamento consensual que se estabeleceu no país: não temos uma nova classe média no Brasil. Continuar lendo
Pochmann não desconsidera ou minimiza a forte mobilidade social que ocorreu nos últimos anos – ao contrário, compara, guardadas as devidas proporções, ao ocorrido na Europa do pós-guerra, com a elevação da renda dos mais pobres, níveis seguros de emprego e a implementação de um estado de bem estarsocial. O que ele defende é que considerar a recomposição dos ganhos da classe trabalhadora e a diminuição da desigualdade como ascensão de uma nova classe média pode ser uma armadilha para o fortalecimento de teses que advoguem a diminuição do papel do Estado na sociedade brasileira. Afinal, para que um Estado forte em um país de
classe média, que não precisa do braço estatal para corrigir as assimetrias e oportunizar o acesso aos serviços básicos aos mais frágeis da pirâmide social?
POCHMANN, Márcio O desenvolvimento econômico brasileiro e a Caixa: palestras / Ricardo Bielschowsky ... [et al.]. – Rio de Janeiro : Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento : Caixa Econômica Federal, 2011.
Seminário
Minha explanação se divide em duas partes. Continuar lendo
A primeira, mais breve, será uma reflexão
acerca do Brasil nos dias atuais. A segunda, maior que a primeira, destina-se ao exame dos
desafios que um país como o nosso tem de enfrentar do ponto de vista do desenvolvimento.
São três grandes desafios, que, na verdade, constituem desafios da própria humanidade
neste século XXI.
Nós temos condição de fazer uma afirmação: o Brasil não aceita mais ser liderado. O país
quer liderar a construção compartilhada de outro padrão civilizatório. Isso não é algo
simples num país com as nossas especificidades, que não está no centro do desenvolvimento
da economia mundial. Somos considerados ainda um país subdesenvolvido, que não carrega
na bagagem as mesmas conquistas que outros obtiveram.